sábado, 5 de fevereiro de 2011

Exemplo de sequência didática para ALFABETIZAÇÂO

Competências:
· Ampliar a competência comunicativa dos estudantes.
· Utilizar diferentes linguagens e diferentes tipologias textuais.
· Interatuar com dados, argumentos, fatos e informações contidos em diferentes textos.
Habilidades:
· Interpretar textos orais a partir de histórias ouvidas e gravuras.
· Expressar-se oralmente com clareza e objetividade.
· Identificar aspectos sonoros da língua.
· Conhecer o alfabeto e a representação escrita de cada letra identificando-as na
formação das palavras.
· Ler, e reconhecer, textos variados e diferentes gêneros.
· Produzir textos de vários gêneros, obedecendo às estruturas e os mecanismos de
articulação da língua.
· Reescrever textos lidos e ouvidos identificando os diferentes tipos de letra.
Conteúdos:
· Atividades reflexivas de produção textual – reescrita e autocorreção de texto.
· Estrutura e articulação do texto – segmentação das palavras no texto, letra maiúscula e
minúscula, pontuação, paragrafação, margem e separação de palavras.
· Produção de diversos gêneros textuais.

Pontos de contato: Ciências, Geografia, Matemática e Arte.


Tempo de duração: 5 aulas

Conversando sobre...
A escolha de bons textos é uma prática que deve estar presente no planejamento, pois facilitará o ensino da leitura e a exploração de conteúdos. Cada texto deve contemplar características básicas, como intencionalidade (estar carregado de significação) e interlocução (possuir linguagem adequada ao leitorinterlocutor, ou seja, propiciar entendimento).

Momentos de leitura devem ser contemplados diariamente.

1ª AULA
Leitura da poesia Confusão no Jardim, realizada pela professora, com a visualização do texto escrito em um cartaz.

Confusão no Jardim
Uma estrelinha
Caiu no meu jardim,
Lá no meio do capim
Se caiu do céu agora,
Terá sido pouca cola?
Quem será que mora
Neste pedacinho de aurora?
O sapo gordo
Parou o seu coaxado
E foi pulando
Para ver o seu achado.
O gato preto
De susto ficou duro,
Saiu correndo,
Saltando pelo muro.
Dona Barata
Aprontou um sururu,
Saiu gritando:
- É fogo, é fogo no bambu!
O grilo manco
Calou o seu trilado,
E foi saltando,
Assim meio de lado.
Uma estrelinha
Caiu lá no canteiro,
Piscando o tempo inteiro.
Vejam como é brilhante
Este corpo celeste!
Se caiu do manto da noite,
Despregou-se da sua veste?
O caramujo
Do sono despertou,
Pensando alegre:
- O dia já raiou!
O vaga-lume
Acendendo a lanterna:
- Meu Deus do céu,
Que será essa baderna?
A mariposa
Achou muita graça:
- Ó minha gente,
Estrela com fumaça?
Mas a formiga
Desfez a confusão:
- É só a brasa
Do charuto do João!

Vamos conhecer um pouco sobre o autor da poesia?

Ferruccio Verdolin Filho nasceu em Barão de Cocais, MG, em 1960. Reside em Belo Horizonte desde 1974. Desenvolve atividades como artista plástico, escritor e ator. Formado pela Escola de Belas Artes da UFMG, tem passagem por alguns dos salões de arte mais importantes do país. Estreou em literatura publicando poemas no Suplemento Literário do Estado de Minas, onde colaborou durante anos. Tem livros infantis e infanto-juvenis publicados por várias editoras. Como ator, trabalhou ao lado dos mais expressivos nomes das artes cênicas em Minas, realizando, ainda, trabalhos para vídeo e para cinema.


Aproveite a apresentação do texto escrito para visualizar várias situações de leitura com a
turma.

A leitura visa à busca de informações e à necessidade da leitura fluente para a compreensão
do que foi lido, assim como ao ritmo e entonação adequadas ao gênero.

Conversando sobre a poesia
Distribua uma cópia do texto para cada estudante.

Leia o texto com ritmo, fluência e entonação e solicite que os estudantes o leiam juntos em voz alta.

Leia, apontando palavra por palavra, chamando a atenção da turma para: título, direção da escrita, espaçamento entre as palavras e a organização das idéias.

Leia novamente, questionando:
  • quais palavras não são conhecidas no texto? (usar dicionário)
  • neste texto, há perguntas ou só há afirmações?
  • o texto informa alguma coisa?
  • qual é a intenção deste texto? É divertido? É rimado?
  • vocês já leram algum texto como este anteriormente? (do mesmo gênero)
Organize com a turma um caderno para registro coletivo de palavras novas e seus significados
à medida que forem contextualizados.

Pergunte aos estudantes sobre o assunto tratado.

Proponha a representação individual por meio de desenhos e exponha-os devidamente
identificados.

Atividade em grupo
Organize a turma em grupos.
  • peça para os alunos localizarem no texto “Confusão no Jardim” as palavras que apresentam finais semelhantes (rimas).
  • circular no texto o nome dos animais.
  • fazer reescrita do texto.
Atividade integrada à disciplina de Arte
Organize com os alunos um jogral utilizando a poesia “Confusão no Jardim” e proponha uma dramatização com a imitação dos animais que aparecem no texto.

2ª AULA
Ler para as crianças uma reportagem sobre animais retirada do site www.educacional.com.br -
Notícias Comentadas.

Cientistas calculam que existam entre 10 e 100 milhões de espécies de seres vivos no planeta. Muitas espécies estão ameaçadas de extinção. A divulgação da nova lista de animais ameaçados de extinção, que cresceu de 219 espécies para 395, provocou vários questionamentos, como: quais são as causas do aumento do número de espécies ameaçadas? Por que algumas espécies desapareceram e, hoje, podem ser encontradas apenas em cativeiro?

Inúmeras são as causas do aumento do número de espécies animais ameaçadas de extinção. A redução dos habitats é uma das principais. Outros fatores que comprometem a sobrevivência de espécies são o tráfico de animais silvestres e a caça e a pesca predatórias.

O tráfico internacional de animais é planejado e mantido por milionários, que pagam altas quantias como suborno para conseguirem espécies raras. Quanto mais rara é a espécie, maior é o valor dela.
Já o tráfico interno é desenvolvido por pessoas que capturam animais silvestres e os vendem para caminhoneiros e motoristas de ônibus, que os levam até possíveis compradores. Quando a fiscalização encontra esses animais, muitos já estão mortos, dopados, maltratados e com fome, sede e frio. De dez animais capturados, somente um sobrevive aos maus-tratos.

Quando uma espécie é extinta, um sistema inteiro fica comprometido, porque há um ciclo de vida de que muitas espécies se beneficiam. Se, por exemplo, um pássaro é extinto, podem desaparecer espécies de plantas que necessitavam dele para o transporte de pólen ou de sementes. A ararinha-azul não pode mais ser vista livre, somente em cativeiro. Até quando veremos esse desrespeito com as espécies silvestres? Até quando a lista de animais ameaçados de extinção vai crescer?

Entre os 395 animais ameaçados de extinção, estão o pato-mergulhão, a jacutinga, o sabiá castanho, o cervo-do-pantanal, o lobo-guará, a jaguatirica e a ariranha. Felizmente, já saíram da lista espécies como o jacaré-de-papo-amarelo e o gavião-real. Isso pode ser um sinal de que podemos salvar muitas espécies da extinção. A prevenção e o controle de queimadas — e uma intensa fiscalização para evitar o contrabando de animais, aliados à educação ambiental, podem ser o primeiro passo para a recuperação das espécies.
Cervo do pantanal, ararinha azul e jacaré do papo amarelo.

Conversando sobre o texto
Explique questões como:
  • Extinção
  • Habitat
  • Cativeiro
Discuta as principais causas apontadas pela reportagem para o aumento no número de
espécies ameaçadas de extinção. O debate pode também contemplar:

  • a ação de caçadores;
  • as conseqüências do desaparecimento de espécies.
Elaborar uma lista com os estudantes, a partir do texto, relacionando:
  • Animais em extinção;
  • Animais que só podem ser vistos em cativeiro;
  • Animais que já não correm risco de extinção.
Pedir que os estudantes escrevam a lista elaborada conjuntamente.

Reler a poesia Confusão no Jardim e listar os animais que aparecem nesse texto.

Estabelecer uma comparação entre os animais da poesia e os animais relacionados na
reportagem:
  • Os animais que aparecem na poesia foram citados na reportagem? Será que esses animais correm risco de extinção?
Atividade no Laboratório de Informática
Dividir a turma em duplas. Cada dupla deverá escolher um animal citado no texto “Notícias
Comentadas” e realizar uma pesquisa sobre o animal escolhido.

Roda de conversa

Apresentar para a turma o resultado da pesquisa feita no Laboratório de Informática.

Atividade de casa
Solicitar que os estudantes realizem uma pesquisa sobre os animais em extinção no Brasil.
Exemplos abaixo:
Onça pintada, cervo do Pantanal, arara azul, ariranha, barbado-guariba e onça parda.

3ª AULA

Roda de conversa

Coloque os estudantes em círculo e socialize a pesquisa sobre animais em extinção feita em casa.

Peça para mostrarem o material pesquisado.

Faça colagem em um painel das pesquisas e das fotos que trouxeram dos animais e afixe na parede da sala.

Com o cartaz do texto “Confusão no Jardim”, faça uma leitura em voz alta com os alunos.
Questione:
  • Dos animais que foram pesquisados tem algum no texto?
  • Quais animais aparecem no texto?
  • Por que estes animais não estão em extinção?
Organize a turma em duplas e peça para que escrevam uma história sobre os animais do texto
e sobre os animais em extinção.

Atividade individual
Leitura dos textos produzidos pelos alunos.

Professor:

  • Neste momento faça as interferências que forem necessárias sobre as sequências lógicas,paragrafação e a unidade estrutural.
Reescrita dos textos realizada pela dupla.

Ilustração do texto feita pela dupla.

Afixe em um painel os textos produzidos pelos alunos com os desenhos.

4ª AULA
Retome as pesquisas realizadas no laboratório de informática e as pesquisas realizadas em
casa:
  • Apresente um mapa do Brasil e peça aos alunos que mostrem os locais pesquisados e o que encontraram sobre os bichos deste habitat.
  • Ajude-os recortando cartolinas coloridas em pequenos quadradinhos para que afixem no mapa os nomes dos bichos e o local.
  • Após o trabalho, afixe este mapa no corredor da escola para que todos visualizem o trabalho sobre ”Os animais em extinção no Brasil”, e quais são os motivos da extinção e o que podemos fazer para salvá-los.
Roda de conversa

Organize os alunos em círculo e peça para que contem o que aprenderam com a pesquisa.

Registre todo o trabalho.

Trabalhando com música
Escreva em um painel as cantigas e cante com os estudantes:

Sapo Cururu
Sapo cururu
Da beira do rio
Quando o sapo grita
Oh! Maninha
É porque tem frio
A mulher do sapo
Deve estar lá dentro
Fazendo rendinha
Oh! Maninha
Pro seu casamento

Gato
Atirei o pau no gato to to
Mas o gato to to
Não morreu reu reu
Dona Chica ca ca
Admirou-se se
Do miau, do miau
Que o gato deu
Miau!

Barata
A barata diz que tem
Sete saias de filó
É mentira da barata
Ela tem é uma só
Ah! Ah! Ah! Oh! Oh! Oh!
Ela tem é uma só
A barata diz que tem
Sete saias de balão
É mentira da barata
Não tem dinheiro nem pro sabão
Ah! Ah! Ah! Oh! Oh! Oh!
Nem dinheiro pro sabão
A barata diz que tem
Um sapato de fivela
É mentira da barata
O sapato é da mãe dela
Ah! Ah! Ah! Oh! Oh! Oh!

Atividade em grupo
Divida os estudantes em grupos e peça que cada grupo escolha uma das cantigas:
  • Com o alfabeto móvel, pedir que o grupo escreva as palavras da cantiga que rimam e a partir delas forme outras palavras.
Atividade integrada à disciplina de Arte
Cada grupo irá montar dobradura do animal citado na cantiga escolhida.

5ª AULA
Leitura do livro A Borboleta e o Grilo.

Produção escrita
  • Organizar os estudantes em dupla e solicitar que façam o reconto da história “borboleta e o grilo”;
  • Selecionar dois textos de alunos, escrevê-los no quadro, e proceder a revisão coletiva;
  • Após a revisão do texto, entregar cópias para que os estudantes façam a ilustração.
  • Expor no mural os textos revisados e ilustrados, com os nomes dos autores.
Hora da brincadeira
Divida os alunos em grupos para dramatização. Cada grupo deverá escolher uma das propostas para apresentação:
  • História: A borboleta e o grilo
  • Poesia: Confusão no jardim
  • Cantigas: Sapo Cururu, Barata, Sapo
Bibligrafia
http://www.sedu.es.gov.br/download/seqdidaticas_EF_Alfa.pdf
Regional Vila Velha: Oficineira: Maria Paixão Fracalossi. Professores: Lourdes Machado Cavalieri,
Tercília dos Santos Gonçalves, Cremilda antunes Damasceno, Iva Maria de Souza Breda e Sônia Maria Sardi Beninca.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Início das aulas chegando é hora de planejar:

SEQUÊNCIA DIDÁTICA

Para Dolz e Schneuwly (2004) , as Sequências Didáticas são instrumentos que podem guiar professores, propiciando intervenções sociais, ações recíptocas dos membros dos grupo e intervenções formalizadas nas instituições escolares, tão necessárias para a organização da aprendizagem em geral e para o progresso de apropriação de gêneros em particular. Esses autores (op.cit. p 52) comentam que a criação de uma Sequência de atividades deve permitir a transformação gradual das capacidades iniciais dos alunos para que estes domnem um gênero e que devem ser consideradas questões como as complexidades de tarefas, em função dos elementos que excedem as capacidades iniciais dos alunos.

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Seqüência didática e ensino de gêneros textuais
Heloísa Amaral (Mestre em educação e pesquisadora do Cenpec )

O que são seqüências didáticas?
As seqüências didáticas são um conjunto de atividades ligadas entre si, planejadas para ensinar um conteúdo, etapa por etapa. Organizadas de acordo com os objetivos que o professor quer alcançar para a aprendizagem de seus alunos, elas envolvem atividades de aprendizagem e de avaliação.

São exemplos de seqüências didáticas para o ensino de Língua Portuguesa as oficinas dos fascículos distribuídos nas três edições do Prêmio Escrevendo o Futuro. Nas edições 2004 e 2006, são: Pontos de vista, Poetas da escola e Se bem me lembro... Essas seqüências orientam o professor para o trabalho com os seguintes gêneros de texto: artigo de opinião, poesia e memória.

As seqüências didáticas são usadas somente para o ensino de Língua Portuguesa?
Não. Podem e devem ser usadas em qualquer disciplina ou conteúdo, pois auxiliam o professor a organizar o trabalho na sala de aula de forma gradual, partindo de níveis de conhecimento que os alunos já dominam para chegar aos níveis que eles precisam dominar. Aliás, o professor certamente já faz isso, talvez sem dar esse nome.

Por que usar seqüências didáticas ao ensinar Língua Portuguesa?
Para ensinar os alunos a dominar um gênero de texto de forma gradual, passo a passo. Ao organizar uma seqüência didática, o professor pode planejar etapas do trabalho com os alunos, de modo a explorar diversos exemplares desse gênero, estudar as suas características próprias e praticar aspectos de sua escrita antes de propor uma produção escrita final.

Outra vantagem desse tipo de trabalho é que leitura, escrita, oralidade e aspectos gramaticais são trabalhados em conjunto, o que faz mais sentido para quem aprende.

O que é preciso para realizar seqüências didáticas para os diferentes gêneros textuais?
É preciso ter alguns conhecimentos sobre o gênero que se quer ensinar e conhecer bem o grau de aprendizagem que os alunos já têm desse gênero. Isso é necessário para que a seqüência didática seja organizada de tal maneira que não fique nem muito fácil, o que desestimulará os alunos porque não encontrarão desafios, nem muito difícil, o que poderá desestimulá-los a iniciar o trabalho e envolver-se com as atividades.

Outra necessidade desse tipo de trabalho é a realização de atividades em duplas e grupos, para que os alunos possam trocar conhecimentos e auxiliar uns aos outros.

Quais as etapas de realização e aplicação de uma seqüência didática de gêneros textuais?
Para organizar o trabalho com um gênero textual em sala de aula, sugerimos a seguinte seqüência didática:

- Apresentação da proposta
- Partir do conhecimento prévio dos alunos
- Contato inicial com o gênero textual em estudo
- Produção do texto inicial
- Ampliação do repertório
- Organização e sistematização do conhecimento: estudo detalhado dos elementos do gênero, suas situações de produção e circulação
- Produção coletiva
- Produção individual
- Revisão e reescrita


Então, SD são conjuntos de oficinas práticas, cada uma abordando um aspecto do gênero textual que se quer ensinar: leitura de exemplares do gênero, sua situação de produção, sua organização textual típica, elementos gramaticais e, finalmente, escrita de um texto que se aproxime do gênero estudado. Ao final da seqüência didática, há uma oficina com orientações para que o aluno faça sua auto-avaliação, importante para o processo de aprendizagem

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Férias Escolares: fique atento aos acidentes domésticos

É no período das férias que um simples descuido pode resultar em acidente. A recomendação de especialistas é redobrar atenção com crianças. Acidentes ocorrem em sua maioria dentro de residências e são mais comuns dentro da faixa etária dos 3 aos 12 anos. Nessa fase a curiosidade é grande e a criança tem autonomia para suprir algumas duvidas, afirma uma pesquisa realizada pela UNIFAES – Unidade de Formação em Aperfeiçoamento e Especialização.

O perigo pode está em todo o lugar. Desde utensílios domésticos até mesmo os próprios brinquedos. Nesse período de pausa escolar, elas ficam mais próximas de brinquedos e para estes produtos o PROCON informa:

“Brinquedo é um produto sujeito a todas as exigências do Código de Defesa do Consumidor. A embalagem e/ou o manual de instruções devem conter todas as informações escritas de forma clara e em português, informando as características do brinquedo, para qual faixa etária se destina, eventuais riscos que possa apresentar; número de peças, regras de montagem e se faz parte de uma série ou coleção. Nenhum produto deve ser adquirido sem uma clara identificação do fabricante ou do importador”.

Os brinquedos irregulares são normalmente oferecidos a preços mais acessíveis aos consumidores, mas além de provocarem uma concorrência desleal, são fabricados com a utilização de mão de obra infantil e/ou escrava, não oferecem qualidade e segurança aos seus usuários, além de favorecerem o crime organizado e a corrupção.

Análise em brinquedos irregulares realizada pelo Inmetro em 2008, demonstrou que nenhum dos brinquedos analisados atendeu à legislação vigente. Todos apresentaram problemas relacionados à segurança das crianças como pontas, bordas, projeções, bem como pressão sonora acima dos valores permitidos, a presença de metais pesados e a ausência de composição química e informações de rotulagem. Isso significa dizer que, apesar de mais baratos, os brinquedos irregulares não são seguros, expondo as crianças a sérios riscos à sua saúde e segurança.

Dentro de casa é na cozinha que 80% dos acidentes acontecem, de acordo com a Pesquisa realizada pela Organização Consciência Preventiva em hospitais de São Paulo. Nessa parte da casa além de utensílios, que de uma maneira geral, podem oferecer riscos, também costuma ter material de limpeza que pode causar grave de intoxicação ao ser ingerido. Um exemplo de perigo constante é o fogão. Uma das recomendações de segurança é que tenha no mínimo 93 cm, para evitar que a criança pegue em uma panela quente e nunca deixar os cabos virados para fora do fogão. Outro cuidado importante é saber como utilizar qualquer produto de forma correta. De acordo com dados do Ministério da Saúde, 90% de acidentes poderiam ser evitados com a adoção de medidas de prevenção.

Confira algumas dicas para evitar riscos de acidente em casa:

MEDICAMENTOS: Os remédios devem estar guardados longe do alcance das crianças, como em prateleiras altas e armários trancados ;

ESCADAS; Não se esqueça de colocar protetores ou barreiras nas escadas enquanto as crianças forem pequenas, principalmente na época em que os filhos começarem a engatinhar ou andar;

JANELAS E SACADAS : Grades ou telas de proteção são fundamentais para evitar acidentes

PRODUTOS QUÍMICOS: Assim como os medicamentos, os produtos de limpeza devem ser guardados com cuidado e em locais de difícil acesso. As crianças não devem mexer com álcool ou outras substâncias;

TOMADAS: Existem no mercado diversos protetores de tomadas. Este tipo de cuidado é fundamental para quem tem filho pequeno em casa;

FERRO DE PASSAR ROUPA: Criança adora puxar o fio do ferro de passar roupa. Por isso. atenção ao deixar o objeto às vistas do filho PISCINA Os pais nunca devem deixar a criança sozinha próxima da piscina. Em clubes, faça seu filho usar bóias

PISCINA: Os pais nunca devem deixar a criança sozinha próxima da piscina. Em clubes, faça seu filho usar bóias.

Bianca Reis – Jornalista especialista em Comunicação e Saúde
Thais Vinhas – Estagiária – Curso Jornalismos